Quem é Lúcifer? - Mestra: Hell Lux

Lúcifer é uma divindade poderosa, incompreendida e muitas vezes temida. 
Na versão Católica, antes da existência do ser humano, havia no Céu um anjo chamado Lúcifer. Deus o colocou numa posição de querubim da guarda, um cargo de destaque em relação às demais criaturas celestes. Lúcifer era perfeito, sábio, belo e formoso, de vívido resplendor e reluzente.

Dentro da Mitologia greco-romana, Lúcifer é uma figura associada ao planeta Vênus. O nome da entidade foi posteriormente absorvido pelo cristianismo como um nome para o diabo. No folclore romano, Lúcifer ("portador da luz" em latim) era o nome do planeta Vênus, muitas vezes personificado como uma figura masculina carregando uma tocha. O nome grego para este planeta era variadamente Fósforo (também significando "portador da luz") ou Heósforo (significando "portador da aurora"). Lúcifer foi dito ser "o filho lendário de Aurora e Céfalo, e o pai de Ceix". Ele era frequentemente apresentado na poesia como anunciando o amanhecer. A quarta estrela é a de Vênus, conhecida como Luciferus. Alguns dizem que é de Juno. Em muitos contos, é registrado que também é chamada Hesperus. Parece ser a maior de todas as estrelas. Alguns disseram que representa o filho de Aurora e Cephalus, que superou muitos em beleza, de modo que até disputou com Vênus e, como diz Eratóstenes, por esse motivo, é chamado de estrela de Vênus. É visível ao amanhecer e ao pôr do sol, sendo chamada de Luciferus e Hesperus.


No folclore sumério, a queda do céu é retratada como a luta de um ser celestial pelo lugar mais alto do céu, apenas para ser lançado ao submundo. Isso tem suas origens nos movimentos do planeta Vênus, conhecido como a estrela da manhã. A deusa suméria Inana (a Ishtar babilônica) está associada ao planeta Vênus, e suas ações em vários mitos, incluindo Inana e Shukaletuda e a descida ao submundo, parecem paralelas ao movimento de Vênus em seu ciclo sinódico. Um tema semelhante está presente no mito babilônico de Etana. A Enciclopédia Judaica comenta: O brilho da estrela da manhã, que eclipsa todas as outras estrelas, mas não é vista durante a noite, pode facilmente ter dado origem a um mito como o de Etana e Zu: levado por seu orgulho a lutar pelo lugar mais alto entre os deuses das estrelas na montanha norte dos deuses, mas foi arremessado para baixo pelo governante supremo do Olimpo babilônico.

Na Cabala Judaica, Lúcifer era um dos sete Anjos que estavam diante do Trono de Deus, representações dos Poderes Divinos. Tais poderes cósmicos podem ser polarizados tanto positiva quanto negativamente dentro do ser humano. A polaridade negativa da energia cósmica de Samael é simbolizada por um anjo caído, cuja consorte é Lilith. Nas tradições judaicas, ele é identificado como o Anjo da Morte, ex-chefe do quinto céu e um dos sete regentes do mundo material, servido por milhões de anjos. Conta-se que Samael tomou Lilith como esposa depois que ela repudiou Adão. Segundo o Rabi Eliezer, Samael foi encarregado de tentar Eva. Após seduzi-la e copular com ela, engendrou Caim. Segundo a cabala, ele é descrito como a "ira de Deus" e considerado o quinto arcanjo do mundo de Briah. Foi o anjo guardião de Esaú e patrono do Império Romano. Samael corresponde a Sefirot Geburah, significando "a severidade". Os demônios associados a ele são descritos como monstros amarelos com corpo de cachorro e cabeças de demônio. Geburah também está associada ao racionalismo, intelectualismo, justiça cega e ao oculto. Assim sendo, Samael se converte no justiceiro cego, no olho por olho-dente por dente, aquele que, utilizando a lei, não tem piedade. Por isso, é considerado pelo leigo como maligno, de palavras inteligentes e racionais que negam a existência de Deus e de qualquer ser acima do EU.

No Judaísmo, o Diabo (Lúcifer) é conhecido como Ha Shatan (Satan, ou Satanás), uma força traidora segundo o Talmud. No Judaísmo, há várias interpretações da figura de Satanás; uma versão afirma que Satan não é realmente um ser, mas uma energia que pode exercer inclinações maléficas em pessoas. O verdadeiro nome de Lúcifer, segundo as antigas escrituras, é Helel Ben Shahar (estrela da manhã). Helel (filho da Brilhante) foi a tradução romana mais próxima do nome real do grande Deus que conhecemos hoje como o Senhor maior do Luciferianismo (Lúcifer). No Islamismo, Lúcifer passa a se chamar Shaitan (o desviado), título dado ao próprio diabo, também conhecido como uma das manifestações de Djins. No Alcorão, o nome Satanás é pronunciado como Iblis, um djin criado do fogo que se rebelou contra Ala.

No Luciferianismo é uma estrutura de crença que venera os traços fundamentais atribuídos a Lúcifer. Inspirado pelos ensinamentos do gnosticismo, costuma reverenciar Lúcifer não como o diabo, mas como salvador, guardião, espírito instrutor ou mesmo o verdadeiro deus em oposição a Jeová. No Satanismo, na Bíblia Satânica de Anton LaVey, Lúcifer é um dos quatro príncipes herdeiros do inferno, particularmente o do Oriente, o "senhor do ar", e é chamado de portador da luz, estrela da manhã, intelectualismo e iluminação.

Segundo o cristianismo, Lúcifer foi um anjo que, por inveja, desejou ser maior que o próprio criador, o Deus cristão. No entanto, essa narrativa é considerada uma invenção da igreja para que a população condenasse Lúcifer como um demônio da inveja e do pecado. No cristianismo, Satan/Lúcifer tem uma conotação de perversidade, tentação, luxúria, destruição e morte.

Na verdade, Lúcifer viu inúmeras atrocidades cometidas pelo Deus cristão e não concordou com o que viu: mortes de inocentes, devastações de cidades, pragas, doenças. Então decidiu se desprender da criação e do criador. Lúcifer decidiu se lançar ao Abismo (DAAT), longe dos olhos do seu próprio Deus criador, nos dando o livre-arbítrio de não aceitar aquilo que não é de nosso agrado. Ao se lançar no Abismo, Lúcifer se torna rei de sua própria vida e destino, já que seu criador não o ajudaria em mais nada. Lúcifer estabeleceu seu Reino com o apoio de vários outros anjos que também se lançaram para longe do Deus cristão, decidindo se juntar a Lúcifer neste novo Reino. Ao se lançar no Abismo, Lúcifer escolheu ser rei em um novo mundo, em vez de ser um servo obediente do Deus cristão. Lúcifer e sua côrte passam a ser "os anjos caídos". Lúcifer e sua côrte de anjos ajudaram os humanos por muitos anos. No entanto, o cristianismo, difundido através de algumas crenças dos judeus, se espalhou pelo mundo. Dessa forma, os deuses e divindades cultuados pelos povos antigos foram dizimados pelo poder cristão, que mantinha fiéis pela força do medo e de ameaças.

Lúcifer está presente em várias culturas, levando vários nomes em diferentes lugares do mundo. Isso funciona como um arquétipo, seres com energias muito próximas e funções muito parecidas. Dizem que o demônio tem múltiplas faces; apesar de demônios não existirem, essa frase pode ser entendida neste contexto de estudo. Mesmo tendo esse poder de aparecer em várias culturas com nomes diferentes, a essência de portador da luz sempre será a mesma. 
Antes de se lançar no Abismo (DAAT), havia nove reinos dentro da Cabala original. Quando ele se lança do plano celestial para a Terra, ele cria duas novas esferas: a esfera de número 10, chamada Malkut (nosso reino), e a de número 11, a esfera invisível. Por isso, os portais de Lúcifer são abertos com o número 11, fazendo do numeral 11 o número de Lúcifer. As 11 faces principais de Lúcifer são: Prometeu, Melek Taus, Attar, Shemyaza, Samael, Lucifuge Rofocale, Deus Pã-grego, Lugh, Azazel, Janus e Shiva.

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