Aleister Crowley - Neófita: Nalu.

 


A influência e ensinamentos de um dos maiores e polêmico ocultista de todos os tempos Aleister Crowley

Biografia

Edward Alexander Crowley foi um polêmico mago, poeta, ocultista e escritor, que se autodenominou A Grande Besta 666. Foi considerado o homem mais perverso do mundo pela imprensa britânica durante os anos 20.
Edward, conhecido como Aleister Crowley, nasceu em Warwickshire, na Inglaterra, no dia 12 de outubro de 1875.
Aleister Crowley nasceu no berço de uma família cristã abastada - o seu pai, que faleceu quando o menino tinha 11 anos, enriqueceu com a cervejaria da família.

Formação acadêmica e mística

O rapaz, que nutria interesses místicos, cursou Filosofia na Universidade de Cambridge. Durante esse período, por ter desenvolvido algumas pesquisas em torno do esoterismo, foi acusado de ser um espião.
Com 23 anos de idade, passou a frequentar a organização The Hermetic Order of The Golden Dawn. Depois de algum tempo no grupo, se desentendeu com alguns colegas e resolveu deixar a ordem.

Crowley também era poeta, mago, escritor, hedonista, e crítico social. Em muitas de suas façanhas, buscava "ir contra os valores morais e religiosos do seu tempo", defendendo a liberdade individual e espiritual baseada no principal lema thelêmico: "Faze o que tu queres, há de ser tudo da Lei". Por isso, ganhou imensa notoriedade em vida, e foi tachado pela imprensa britânica como "The wickedest man in the world" (algo como "O homem mais ímpio do mundo"). Além das atividades esotéricas, era também um premiado enxadrista, alpinista, poeta, dramaturgo, artista e novelista. Em 2001, uma enquete da BBC descrevia Crowley como sendo o septuagésimo terceiro maior britânico de todos os tempos, por influenciar e ser referenciado por numerosos escritores, músicos e cineastas. 

Alquimia e Crowley

Crowley explorou a alquimia como parte de seus estudos e práticas místicas. Embora não seja seu foco principal, a alquimia desempenhou um papel em sua busca pela compreensão da magia e da natureza da realidade, especialmente na perspectiva de transformação pessoal e espiritual.

Crowley começou a se interessar por alquimia em 1898, após conhecer o químico Julian L. Baker, com quem discutiu o tema e, posteriormente, foi introduzido à Ordem Hermética da Aurora Dourada. 

Da visão de Crowley, a alquimia não era apenas um sistema de práticas para transmutar metais, mas também uma metáfora para a transformação do ser humano, a busca pela iluminação e a realização da Grande Obra. 

Relação entre ocultismos e alquimia

A alquimia se encaixava na abordagem de Crowley para o ocultismo, onde ele buscava uma compreensão mais profunda dos mistérios da vida, do universo e do potencial humano, através de rituais, estudos e práticas mágicas.

A grande obra
Crowley via a Grande Obra, um conceito central na alquimia, como a união do microcosmo (o indivíduo) com o macrocosmo (o universo), através da realização da Verdadeira Vontade. 

Uma vez Crawley foi questionado sobre oque achava da união entre ciência e espiritualidade e Crawley disse “ A magia é a ciência e a arte de causar mudanças de acordo com a vontade” na visão dele magia é a arte do autoconhecimento a verdadeira magia segundo Crawley começava de dentro para fora. 

A relação com Thelema
O sistema de crenças e práticas mágicas de Crowley, conhecido como Thelema, compartilha elementos com a alquimia, especialmente na ênfase na transformação pessoal e na busca da Verdadeira Vontade.

Em resumo: Aleister Crowley considerava a alquimia como uma ferramenta e uma metáfora para a transformação espiritual e pessoal, integrando-a em seu sistema mágico e filosófico de Thelema. 

A religião Thelema

Na época em que estava em lua de mel no Egito, Aleister teve contato, entre os dias 8 e 10 de abril de 1904, com o espírito Aiwass (enviado pelo deus egípcio Hoo-paar-kraat).
O espírito o teria recitado as palavras do Livro da Lei, que serviu de base para a religião que fundou, a Thelema.
As informação sobre a religião Thelema chegou até nós graças aos diários escritos pelo mago, que mais tarde foram publicados sobre formato de livro. 
Em 1920, Aleister chegou a fundar a Abadia de Thelema, na Sicília (Itália), onde os adeptos praticavam magia negra. Também fundou o Collegium ad Spiritum Sanctum, uma escola que oferecia aulas sobre os rituais religiosos do grupo. Após a morte de um praticante dentro do templo, (Raoul Loveday), Alister foi expulso da Itália pelo então ditador Benito Mussolini.

Os livros de Aleister Crowley
As obras publicadas no Brasil pelo mago ocultista foram:
O Livro da Lei - Liber Al Vel Legis
Os Livros Sagrados De Thelema
Mundo Enochiano deAleister Crowley: Magia sexual Enochiana 
Encontro Magick / a boca do inferno
O livro de Thoth: O tarot

A morte de Aleister Crowley e legado 
O ocultista faleceu de bronquite crônica no dia 1 de dezembro de 1947 aos 72 anos.

O legado que Crowley nos deixa em meio  a tantos escândalos e controvérsias é de uma das figuras mais enigmáticas da história trazendo para o ocultismo e práticas esotéricas formas de liberdade de expressão, fugindo de dogmas e crenças limitantes. 

Referências

Symonds, John (1997). The Beast 666: The Life of Aleister Crowley. Pindar Press. 
Powter, Geoff (2006). Strange and dangerous dreams. The Mountaineers Books. 131 páginas.
Owen, Alex (2004). The place of enchantment. University of Chicago Press. 186 páginas.
Spence, Lewis (2007). Encyclopedia of Occultism and Parapsychology. Kessinger Publishing. 203 páginas.
Crowley, Aleister (2004). Diary of a Drug Fiend. Book Tree. p. Contracapa.
Sutin, Lawrence (2000). Do What Thou Wilt.
BBC (British Broadcasting Corporation), (21 de Setembro de 2002). BBC TWO revela o top 100 Maiores Britânicos de todos os tempos. (em inglês) «BBC - Press Office - Great Britons top 100»
The Magical Diaries of Aleister Crowley (Tunísia 1923): Editado por Stephen Skinner; página 10
«The Confessions of Aleister Crowley»(em inglês)
King, Magical World, página 5. Em suas escritas entretanto, ele usa o termo 'Irmãos de Plymouth', ao invés de 'Irmandade Reservada'.
Booth, Martin (2001). «A Trinity Man». A Magickal Life. Londres: Coronet. 49 páginas.


Comentários