🔮🌿 *Aula de Introdução ao Voodoo 2: Explorando o Legado Histórico e os Rituais no Haiti* 🔮🌿 - Houngan Meia Noite.

Prezados alunos, É com grande entusiasmo que anunciamos a tão aguardada aula de introdução ao Voodoo 2, onde mergulharemos profundamente no fascinante mundo do Voodoo, nesta aula teremos um foco especial no seu contexto histórico.

Durante nossa jornada, exploraremos as raízes históricas e culturais dessa prática espiritual única, compreendendo sua evolução ao longo do tempo e sua influência nas sociedades em que floresceu. Ao final da aula, reservaremos um tempo especial para discutir a história do Voodoo no Haiti, destacando o papel de divindades como Iemanjá e Carrefour e a importância das ervas em rituais Voodoo. Estejam preparados para uma imersão enriquecedora em um dos sistemas de crenças mais intrigantes e incompreendidos do mundo.

Antes relembrar a aula passada.

1 Voodoo não se cobra ou a magia não se instala.

2 você ajuda a sociedade a ser mais justa, terá mais poderes.

3 mais poderes, te ajudam financeiramente e espiritualmente.

4 o poder é muito Loko.🔥🎩☠️

5 a entidade do Voodoo não são nada parecidas com as desenvolvidas no Brasil.

VOODOO(HOODOO) NO HAITI

O Voodoo haitiano é uma religião crioula que foi o resultado dos africanos multiculturais e linguisticamente misturados que constituíram as populações escravas na ilha de Hispaniola. Trazidos da África Ocidental e Central pelos europeus, os africanos eram uma mistura de Daomeanos e Congoleses com uma variedade de outras etnias, incluindo os Ewe, Ibo, Senegal, Ioruba e Djouba. Cada grupo prestou elementos críticos à mistura que floresceria na fé do Voodoo haitiano.

O primeiro grupo a chegar foi o Fon, do Daomé, atual Benim. Sua influência no Voodoo haitiano aconteceu devido à sua crítica importação em massa para a colônia francesa de São Domingos, juntamente com sua sofisticação teológica encontrada em toda a região Ioruba, Dogon, Dagara e outros povos. Os nomes dos espíritos, danças e práticas litúrgicas, assim como os ritos iniciais, podem ser rastreados até o povo Daomeano. O Fon também contribuiu com palavras como ounfò (casa dos espíritos), ounsi (esposa espiritual) e houngan (sacerdote espiritual).

O segundo grupo mais influente foi o Congolês, que trouxe suas ideologias mágicas, filosofia religiosa e identidade cultural. O Kongo lakous (Comunidades Congolesas) de Soukri, Badjo e Souvenance ainda mantêm as práticas mais puras do ritual africano congolês. Os Congoleses também foram amplamente distribuídos no sul do Haiti, de Les Cayes até Jacmel. A linguagem, práticas rituais e estrutura organizacional de ounfòs refletem essa herança claramente. Finalmente, outros grupos influenciaram de várias outras formas na fé e na prática do Voodoo e que ainda são muito fortes nas áreas onde seus antepassados se estabeleceram. O Igbo, por exemplo, emprestou a ideia de jarros como canaris e govis para espíritos habitarem, e os Ewes contribuíram com práticas ancestrais, como oferendas de comida para propiciar os mortos. Esta inclusão de estilos de serviço, tradições ancestrais e linguagem religiosa é a forma que os africanos encontraram para sobreviver durante a "era da plantação". ( Aqui pode se ver como a mistura se distânciar da vertente brasileira)

A voz do Voodoo haitiano tornou-se uma mistura de ideias e formas quando essas etnias africanas se encontraram. Os africanos falavam uma grande variedade de línguas e dialetos, mas com o tempo, eles adotaram o francês com a sintaxe africana como sua língua, a fim de facilitar a comunicação. Ao contrário do Ioruba, que se tornou a língua litúrgica tanto na Santería Cubana quanto no Candomblé brasileiro, o Kreyòl (Crioulo) haitiano era a lingua franca falada por todos na época da independência, em 1804. Isso ocorreu porque dois terços dos escravos naquele tempo tinham nascido na África e mantinham o conhecimento tanto da linguagem como de suas práticas espirituais.

Como Rachel Beauvoir-Dominique colocou em um ensaio que apareceu nas Artes Sagradas de Donald Cosention sobre o Voodoo, Voduns e vodu haitianos (1995):

O Voodoo emergiu [da escravidão e da revolução] com uma visão fundamental em que a religião e a magia, embora autônomas, constituem um único corpo. . . Cada templo, mesmo o mais "religioso" em perspectiva está sob o patrocínio de uma ou várias divindades destinadas a trabalhar, prestar serviço e até mesmo acumular pequenas 💰💰fortunas💰💰 para seus possuidores.

O Voodoo que se desenvolveu após a Independência foi em parte o resultado da negligência da Igreja Católica para ajudar os seus membros mais pobres e os africanos que necessitavam viver e fincar raízes na ilha. Esses dois fluxos se fundiram no ressurgimento do "lakou", um sistema africano de compostos familiares com terra compartilhada. O sistema lakou também ajudou a manter o estado na restauração da cultura das plantações e promoveu a implementação de práticas ancestrais africanas. Pessoas, tanto consanguíneas quanto não, criaram compostos familiares que ainda existem até hoje. Dentro desses compostos, as práticas africanas de agricultura, família e religião tornaram-se o caminho da vida para a maioria dos haitianos, até o presente momento.

A maior parte do Haiti é rural, onde o culto dos antepassados serve para proteger os valores tradicionais dos camponeses. Dentro dessas sociedades (lakous) rurais, assim como era feito desde a independência, os camponeses haitianos trabalham com os espíritos diariamente e se reúnem com suas extensas famílias para ocasiões especiais, como aniversários biológicos e espirituais. As pessoas, muitas vezes, caminham quilômetros para participar de uma celebração ou de cerimônias realizadas mensalmente e outras anualmente. As celebrações não são o único motivo para participar de cerimônias em compostos familiares. Os lakous rurais também são onde se encontravam um "medsin fey", ou médico de folha, indivíduos que são conhecidos tanto por seus "konesans" (conhecimento) espirituais, como por seus talentos de cura.

Com um caro sistema médico estabelecido nas cidades, as pessoas rurais depositam sua confiança no curador local, que trata tanto a doença física como suas causas espirituais. Medsin feys plantam suas ervas de cura dentro de seus Lakous ou sabem onde as plantas crescem localmente. Muitas vezes, herdando conjuntos de espíritos e seus conhecimentos médicos de um pai ou parente, um medsin fey também é um sacerdote Voodoo.

O Voodoo/Vodun é a religião da maior parte da população no Haiti hoje. Embora os membros nunca tenham sido contados, há um ditado comum de que o Haiti é 70% cristão e 100% praticante de Voodoo, uma alusão à natureza oculta deste último. Isto é especialmente verdadeiro para os ricos e para aqueles que estão saindo da pobreza extrema e conquistando uma melhor situação, e que abraçam qualquer associação com sua herança africana. Os praticantes de Voodoo geralmente se consideram como justos e não veem nenhum conflito com a prática de outras religiões, além de servirem aos espíritos. Na verdade, muitos Houngans marcam os dias de festa das Loás deseguindo o calendário gregoriano ao invés do Lunar. Com grande parte do Haiti ainda sendo uma sociedade rural, o Voodoo está fortemente ligado à veneração dos antepassados, da vida familiar e da terra. Na ausência de lugares de culto formais, o Voodoo pode ser praticado em qualquer outro local.

Encruzilhadas, cemitérios, árvores, cavernas, cachoeiras e outras formações naturais tornam-se os templos Voodoo. Cada local tem sua importância dentro da liturgia, seja um simples repozwa (árvores sagradas que abrigam espíritos Voodoo ou outros itens que possam abrigar tal espírito, como pedras, bonecas, etc)) crescendo ao lado de um complexo familiar ou uma majestosa cachoeira ao lado de uma montanha.

Este reconhecimento do mundo espiritual como manifesto no físico é uma possível razão pela qual o Voodoo foi e ainda é tão mal interpretado. As pessoas que olhavam para o Voodoo do lado de fora confundiam o ato de adoração ao pé de um Mapou sagrado (Ceiba Pentandra, conhecida no Brasil como Mafumeira ou Sumaúma, é uma das árvores 🌳mais sagradas no Voodoo) como se eles estivessem adorando a árvore, em vez do espírito que se crê simbolizado pela própria árvore, como o cristianismo, são prescritivas e usam um texto sagrado, como a Bíblia, da qual os seguidores derivam as doutrinas e as leis básicas da fé, isso, claro, de acordo com sua própria interpretação.

Mas o Voodoo haitiano oferece poucos absolutos e não tem um código de ética prescritivo. Os seguidores definem princípios morais muito fortes para si mesmos, tanto que na maioria das vezes sempre acham que estão sendo guiados pelas justiça de vida, a sabedoria dos antepassados e a comunicação com os espíritos que, na maioria das vezes, são quem define as regras.

O Voodoo é fundamental para a cultura haitiana e é baseado em uma concepção da realidade que inclui os objetivos da vida, forças que determinam o destino dos seres vivos, organização social adequada, relações interpessoais equilibradas e práticas que promovam o bem-estar da comunidade. O Voodoo leva em consideração as necessidades das pessoas. O dinheiro que as Sociedades Voodoo haitianas recebem é usado exclusivamente para ajudar outros membros em dificuldade, fornecendo dinheiro para alugar uma casa, roupas para crianças ou custos com a escola. A hierarquia da Sociedade Voodoo ajuda a manter a ordem e permite que cada pessoa seja devidamente respeitada de acordo com seu nível ali dentro. A Mambo ou Houngan são os juízes do que intitulam certo, Xamãs com a obrigação de ajudar, sendo os Gegês o júri e, quando necessário, ambos Xamã e Guege (Gegê) juntos se tornarão os executores. Ela ou ele intermedia argumentos, fornece orientação no discurso conjugal, conforta as pessoas após desastres naturais, encoraja os jovens na aprendizagem, oferece esperança no caso de doenças debilitantes, a maldição e feitiços, Rituais, tambores e danças são a menor parte do trabalho desses indivíduos e sim gerencia uma Sociedade Justa. Normalmente financiados por uma casa ou Ninho Vuduns.

A fet

A fet é uma festa para comemorar um novo Houngan ou Mambo com Alimentos, bebidas, bons cantores e bateristas poderosos são contratados/convidados para garantir que o fet seja um sucesso para a Sociedade, bem como para sua comunidade em geral. O prestígio das mambos e dos houngans como Xamãns espirituais e sua reputação como fran Ginen (um membro moral e permanente da comunidade) estão intimamente ligados ao seu trabalho como sacerdotes e curandeiros.

Passos:

Faça a oração dançando em volta dos materiais com a vela acesa, coloque as ervas e cristais recomendados em volta para já associar a intenção ao ritual, pode parecer um palhaço tem que se divertir, a emoção e o sentimento tem que estar a flor da pele, ria toque tambor se tiver seja alegre. Se sentiu bobo e feliz. Aí vc começa a fazer. (Sim o azul é assim que se faz kkkkk) 1. Primeiro, decida o tamanho e a forma do seu boneco voodoo azul. Você pode desenhar ou cortar dois pedaços de tecido na forma desejada (geralmente um formato humanoide simples, como um retângulo com uma forma de cabeça).

2. Coloque os dois pedaços de tecido juntos, com os lados direitos voltados para dentro.

3. Costure as bordas do tecido, deixando uma pequena abertura em uma das extremidades.

4. Vire o tecido para que o lado direito fique para fora.

5. Encha o boneco com o material de enchimento até que esteja na densidade desejada.

6. Costure a abertura restante para fechar o boneco.

7. Com a caneta ou marcador azul, desenhe ou escreva símbolos, palavras ou intenções positivas no boneco. Pode ser útil meditar sobre o propósito do seu boneco enquanto faz isso.

8. Se desejar, adicione qualquer item adicional ao seu boneco, como ervas secas ou cristais, fixando-os no tecido com pontos de costura.

9. Por fim, segure o seu boneco voodoo azul com amor e cuidado, visualizando-o como um símbolo de paz, harmonia. Concentre-se em suas intenções positivas enquanto o utiliza em seus rituais ou práticas espirituais.

10. Faça a invocação da vibração de Iemanjá :

Peço a bênção de Iemanjá sobre este boneco azul,Que sua energia suave e serena traga paz e harmonia,Que seus laços com as águas sagradas protejam e curem, Que todo desejo de bem estar seja manifestado neste objeto consagrado. Que assim seja, que assim se faça, sob a proteção de Iemanjá. Ashe!! Ou Axe!!.

Lembre-se de que a criação e o uso de um boneco voodoo azul devem ser realizados com respeito e boas intenções, visando sempre promover a cura, a tranquilidade e o bem-estar.

Próximo aula, Voodoo urbano, a diferença entre Voodoo(hoodoo) para Vudo.

Hervas recomendadas por Gegês, entidades que será apresentadas: Limba e Li Grand Zumbi. Ambos Gegês.

🔥☠️🔥PARA QUE SERVE REALMENTE UM BONECO VOODOO🔥☠️🔥

O boneco de um Xamã serve como uma ferramenta ritualística para canalizar e direcionar energia durante práticas ritualísticas mágicas ou cerimônias. Ele é simbólica e pode representar o poder, a autoridade ou a conexão com forças espirituais.

Como simboliza o oculto, o boneco de um chamam Houngan ou Manbo, Buko ou não, nunca pode ser visto por outras pessoas, a intenção nele é exclusivamente sua, podendo amarar ele em membros do corpo para que fique escondido da visão de outrem.

Os bonecos a vista, são chamarizers eles tbm significa várias coisas dependendo da cor e da consagração. Na próxima aula vou ensinar a fazer, os significado das cores, tbm a consagração do boneco verde, ou branco.

Sendo usado para bençãos, para poder, tbm como os Magistas utilizam a varinha os Xamãs Houngans e Mambos o fazem só que com os bonecos.

Nada haver com o que Hollywood mostra né kkkkk💀☠️💀

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