Aula introdutória de Astrologia - Professora: Ana Luiza

Origens

Não se sabe ao certo quando surgiu a Astrologia, uma das versões mais aceitas no meio, é que teria surgido por volta do séc. IV A.C. antes de Cristo, na Mesopotâmia. Contudo, há registros mais antigos, desenhos das fases da Lua e dos movimentos do sol. Assim sendo, temos que, em tempos mais remotos ainda, o estudo dos astros era feito de forma empírica, por mera observação, esse tipo de conhecimento era passado pela oralidade. Posteriormente, foi na Mesopotâmia que se desenvolveu, pelos babilônicos, persas e sumérios. Existem registros muito antigos de tabelas planetárias, gravados em placas de barro, assim sendo, pode-se dizer que essas foram as bases para que mais tarde a Astrologia fosse desenvolvida pelos gregos.

Os caldeus utilizavam a Astrologia em larga escala, chegando a construir torres altas, para observar o céu, é deles os primeiros registros dos trânsitos da Lua e do Sol, também da existência dos planetas. Eles eram tão avançados nesses conhecimentos que chegaram a registrar os eclipses.

Ao mesmo tempo em que a Astrologia se desenvolvia na Babilônia, no Egito observava-se o mesmo movimento, portanto, não é incorreta a informação de que seria o Egito o berço da Astrologia que hoje conhecemos. Um dos primeiros registros do zodíaco circular foi esculpido no teto do Templo de Denderah, e hoje se encontra exposto no museu do Louvre. Vocês sabiam que até hoje utilizamos o calendário criado por eles? Os egípcios dividiram o ano em 12 meses e os dias em 24 horas.

A princípio, o estudo dos astros era útil para as questões do dia a dia desses povos, como determinar qual seria a melhor época para plantar e colher, temporada de caça e pesca, previsões de enchentes e secas, como tempo e o aperfeiçoamento desses estudos, então passaram também a conseguir prever guerras e conflitos. Contudo, a Astrologia se tornou tão fundamental para esses povos, que logo saiu do âmbito coletivo para o individual. Um dos registros mais antigos de um mapa feito para um indivíduo é do Rei Sargão I, da Babilônia, 20350 A.C., quando temos então as primeiras informações que relacionam a Astrologia com a personalidade humana.

Com as conquistas de Alexandre, O Grande, a tradição e os conhecimentos da Babilônia foram difundidos na Grécia, conforme a dominação grega avançava, o idioma grego tornou-se dominante. E foi então que deu-se início a propagação das ciências ocultas, podemos dizer que graças a Alexandre, os tratados de Astrologia chegaram até nós. Primeiro foram traduzidos para o grego e depois para as línguas modernas.

Platão, Aristóteles e Sócrates foram grandes apreciadores da cultura babilônica, eles acreditavam na relação dos astros com a Terra. Posteriormente, com a queda do Império grego e ascensão do Império Romano foi que a Astrologia pôde então chegar ao Ocidente. Imperadores utilizavam tais conhecimentos para estudar o comportamento de seus opositores, o que lhes conferia certa vantagem sobre o inimigo. Contudo, quando o imperador Constantino estabelece o cristianismo como religião oficial de Roma, a magia e a astrologia passaram a ser consideradas práticas malignas, puníveis inclusive com pena de morte.

No Ocidente, já na Idade Média, a Astrologia e a Astronomia, que até então andavam juntas, foram separadas, sendo que a Astronomia foi considerada uma ciência e a Astrologia ficou com a pecha de pseudo ciência. Astrólogos foram altamente perseguidos, até mesmo assassinados, de modo que tal estudo perdeu o destaque, embora a astrologia ainda fosse praticada em segredo em toda a Europa. Mas, como não há mal que sempre dure, anos depois, com o advento do Renascentismo, a Astrologia retornou com grande prestígio. Temos grandes nomes como Kepler, Paracelso (que muitos de vocês já devem ter ouvido falar) e Galileu Galilei.

Desde a Idade Média até hoje, a Astrologia já teve períodos de auge e de declínio, porém, no século XX foi que a Astrologia viveu seu período mais áureo, livros, revistas e escolas astrológicas foram criados e passaram a ser um sucesso. Pouco antes da Segunda Guerra Mundial, os jornais londrinos passaram a publicar o horóscopo diário, e isso contribuiu para que a astrologia se tornasse mais popular. Hoje, o horóscopo que analisa apenas o signo solar (estudaremos o que isso quer dizer nas próximas aulas), já começa a cair em desuso, muitos astrólogos analisam o céu do dia, com seus trânsitos e aspetos, em detrimento do antigo horóscopo, o que, na opinião desta astróloga que vos fala, é muito mais efetivo.

Hoje a Astrologia é cada vez mais difundida, muitas pessoas buscam estudá-la como uma forma de buscar auto conhecimento. Através dela, temos ajuda para entender melhor as características da nossa personalidade, nossas habilidades e competências, e pontos com debilidades que precisam ser trabalhados. Para se ter uma ideia, até mesmo cientistas do campo do comportamento humano, como Karl GustavJung, utilizaram essa ferramenta maravilhosa para o desenvolvimento humano, não são poucos os estudos que existem nesse sentido.

Existem dois ramos principais da Astrologia, a Tradicional e a Moderna, e muitos outros sub ramos, como a Astrologia Ancestral, Astrologia Sistêmica, Kármica, Cabalística, etc. E é sobre isso que iremos estudar na próxima aula, as diferenças entre a Astrologia Tradicional e a Moderna. Assim, começando do básico, aos poucos iremos passando os conteúdos da Astrologia Moderna.

Bibliografia: Os astros sempre nos acompanham – Cláudia Lisboa, Astrologia Clássica e EsotéricaNilton Schütz.

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