Astrologia Moderna - Part II - Mestra: Ana Luiza.

1– História do zodíaco

A palavra zodíaco tem origem grega, significa “círculo animal”, entretanto, nem todos os signos representam seres de origem animal (não podemos esquecer que humanos são animais mamíferos), a exceção é o signo de Libra, cujo símbolo é a balança. Porém, esse conceito é mais antigo do que a Astrologia grega, pois o zodíaco, como hoje conhecemos, foi criado pelos babilônicos, no séc. V A.C. Os astrólogos babilônios dividiram a abóboda do céu onde o Sol, a Lua e os planetas se movem, em 12, cada uma delas tem 30° de longitude celeste, de sorte que, a mandala inteira possui 360º. Essas faixas, ou segmentos, dizem respeito aos 12 meses do ano, cada um com 30 dias em média, sabemos que fevereiro possui 28 dias, e alguns meses 31 dias, contudo, essa informação é irrelevante na análise astrológica. Para que o entendimento a esse respeito seja mais fácil, podemos exemplificar da seguinte forma: imagine que a mandala astrológica (ou zodíaco), é uma pizza, e que essa pizza é dividida em 12 fatias, sendo cada fatia correspondente a um signo do zodíaco. Assim, se torna mais fácil a compreensão de que a mandala astrológica representa a abóboda celestial de nossa galáxia, e cada constelação corresponde a um signo do zodíaco.

Até mesmo quem não acredita em Astrologia conhece os 12 signos do zodíaco, eles tem o mesmo nome das constelações. Essa nomenclatura chegou até os dias de hoje graças ao trabalho dos astrólogos/astrônomos gregos, especialmente Claudio Ptolomeu. No sec II A.C, ele escreveu o Tetrabiblos, este serviu como pilar para a astrologia ocidental, tanto a moderna, quanto a tradicional.

2- O que são os signos do zodíaco?

Na mandala astrológica, cada fatia de pizza corresponde a um signo, essas seções são o que o chamamos de casas astrológicas, cada casa corresponde a um signo “guardião”, também a uma área das nossas vidas, esse assunto será explorado mais à frente, nas próximas aulas. De maneira que, metaforicamente falando, o sol percorre toda a mandala em sentido anti horário, a partir da casa 1, até a casa 12. Assim sendo, temos que:

Casa 1 – Áries

Casa 2 – Touro

Casa 3 – Gêmeos

Casa 4 – Câncer

Casa 5 – Leão

Casa 6 – Virgem

Casa 7 - Libra

Casa 8 - Escorpião

Casa 9 – Sagitário

Casa 10 – Capricórnio

Casa 11 – Aquário

Casa 12 – Peixes

* É importante ressaltar que os signos que ocupam as casas em um mapa natal, ou de revolução solar de um indivíduo varia, de acordo com o horário de seu nascimento.

3 – Diferença entre signos e constelações

Embora sejam historicamente ligadas, constelações e signos não são a mesma coisa. Enquanto a Astrologia se debruça na análise dos signos, aspectos planetários, trânsitos, previsões, características pessoais e até mesmo como oráculo (ou seja, análise divinatória com perguntas e respostas), a Astronomia estuda as constelações para localizar planetas, fazer mapas astronômicos, também para navegação marítima e afins.

4 - Curiosidades

Você sabia que existe uma décima terceira constelação na Astronomia que não é objeto de apreciação na Astrologia? Seu nome é Ophicurus, existe uma razão histórica para que isso ocorra. Na antiguidade, os egípcios dividiram o ano em 12 meses lunares e 7 dias da semana, cada um regido por um planeta, calendário esse que ainda hoje utilizamos. Contudo, embora já conhecessem a existência de Ophicurus, a mesma não se encaixaria no calendário de 12 meses lunares, optaram então por não considerá-la em suas análises. Salienta-se nesse ponto que a Astrologia zodiacal ocidental moderna ainda segue a tradição babilônica. Também para a Astronomia, optou-se por não incluir Ophicurus nos mapas astronômicos, pois ela pertence à constelação de Hércules. Dessa forma, se você nasceu no início de dezembro, é possível que o seu sol natal esteja fisicamente localizado na constelação de Ophicurus, e não na de Sagitário, porém tal análise não tem relevância astrológica.

Legenda das Figuras: 1 – Mandala astrológica

2 – Constelações no céu

Créditos: Anna Maria Costa Ribeiro – Conhecimento da Astrologia, Rogério Temporini – Sabedoria Cósmica.

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