Introdução aos elementais - Mestres: Nalu Kaire e Jonathan

 


Onde surgiram

Os seres elementais aparecem em várias culturas ao redor do mundo, cada uma com suas próprias interpretações e mitologias. Aqui estão alguns exemplos de como diferentes tradições culturais abordam esses seres:

1. Mitologia Greco-Romana: Na Grécia antiga, os quatro elementos eram associados a deuses e espíritos. Por exemplo, Oceano e Nereu estavam ligados à água, enquanto Éolo era o deus dos ventos. Os elementais eram vistos como espíritos que habitavam a natureza e poderiam influenciar as forças naturais.

2. Cultura Celta: Os druidas acreditavam em espíritos da natureza que habitavam florestas, rios e montanhas. Esses seres eram muitas vezes associados a fadas e outros seres mágicos, representando a conexão profunda com a terra e os elementos.

3. Tradicionalismo Ocidental: Na alquimia e na magia ocidental, os elementais foram sistematizados e nomeados, como gnomos, ondinas, salamandras e silfos. Eles eram vistos como forças que podiam ser invocadas em rituais mágicos para manipular os elementos.

4. Cultura Hindu: Na tradição hindu, existem entidades chamadas "asuras" e "devas", que são espíritos poderosos relacionados a forças naturais. Embora não sejam exatamente elementais, eles representam a dualidade da natureza e a interação entre forças benéficas e prejudiciais.

5. Cultura Inuit: Os Inuit têm uma rica mitologia ligada aos elementos naturais, com espíritos que habitam o gelo, a água e a terra. Esses seres são frequentemente associados a histórias que explicam os fenômenos naturais e a relação dos humanos com o ambiente.

6. Tradições Indígenas: Muitas culturas indígenas ao redor do mundo têm suas próprias visões sobre seres elementais, muitas vezes incorporando a ideia de espíritos dos elementos em suas crenças e práticas espirituais. Esses espíritos são vistos como protetores da natureza e guias espirituais.


Representação dentro do Exoterismo


Na bruxaria e em várias tradições esotéricas, os seres elementais são entidades associadas aos quatro elementos da natureza: terra, água, fogo e ar. Cada tipo de ser elemental é considerado um guardião ou manifestação desses elementos. 

Alguns exemplos de elementais e os elementos que eles representam:

Sílfide, fada, elfo e hárpia

🌪Elementais do ar, que representam o intelecto, a sabedoria, a inspiração e a leveza🌪

Fênix, dragão e salamandra

🔥Elementais do fogo, que representam a vitalidade, a força de vontade, a ação e a criatividade🔥

Ondina, sereia, hidra e hipocampo

💧Elementais da água, que representam as emoções, a purificação e o mundo dos sonhos💧

Gnomo, duende, ninfa, dríade, anão, fauno.

🌿Elementais da terra, que representam a sustentação, a prosperidade, a fartura, a abundância e o equilíbrio.🌿

Esses seres são frequentemente invocados em rituais e práticas mágicas, sendo considerados aliados na manipulação das energias naturais.


Quatro elementais mais conhecidos no mundo esotérico


Ninfas

As ninfas são figuras da mitologia grega e romana, geralmente associadas à natureza e à beleza. Elas são deidades menores, frequentemente ligadas a elementos naturais como rios, montanhas, florestas e mares.

Representações: Elas são frequentemente retratadas como jovens belas e graciosas, associadas à fertilidade e à prosperidade. Suas histórias muitas vezes envolvem interações com deuses e mortais, refletindo tanto a beleza quanto a imprevisibilidade da natureza.

Simbolismo: As ninfas simbolizam a beleza e a fragilidade da natureza. Elas também são vistas como protetoras dos habitats naturais, e sua presença nas narrativas mitológicas frequentemente serve como um lembrete da importância da harmonia com o mundo natural.


Dragões


Os dragões são frequentemente considerados criaturas místicas que possuem características de várias forças da natureza. A associação dos dragões com os elementos varia conforme a cultura e a mitologia.

Dragões do Fogo: Em muitas culturas, especialmente na tradição ocidental, os dragões são frequentemente associados ao fogo. Eles são descritos como criaturas que podem cuspir fogo e são vistos como símbolos de destruição e poder.

Dragões da Água: Em algumas tradições, especialmente na mitologia asiática, existem dragões que estão ligados à água. Esses dragões são frequentemente considerados guardiões de rios, lagos e oceanos, e são associados a chuvas e fertilidade.

Dragões da Terra: Em algumas culturas, dragões podem ser vistos como seres que habitam a terra ou as montanhas, representando a força da natureza e a estabilidade. Eles podem ser considerados protetores de tesouros escondidos no solo.

Dragões do Ar: Em algumas tradições, dragões são associados ao ar e ao vento, simbolizando liberdade e poder. Eles podem ser vistos como criaturas que dominam as correntes de ar e têm a capacidade de voar grandes distâncias.

Os dragões, portanto, podem ser entendidos como seres elementais que incorporam as qualidades e forças de um ou mais elementos da natureza.


Gnomos


história dos gnomos está ligada à tradição dos povos do Norte da Europa e à cultura popular europeia, principalmente nas tradições germânicas e escandinavas: 

A palavra "gnomo" vem do latim gnomus, que por sua vez é uma adaptação do grego gnosis, que significa "conhecimento".  

Na Antiguidade, os gnomos eram descritos como seres pequenos e sábios, com uma conexão especial com as riquezas minerais.  

Eram considerados os espíritos protetores dos mineiros, ferreiros e outros artesãos ligados aos minérios e aos metais. 

Também eram conhecidos por sua habilidade em trabalhar com metais e pedras preciosas. 

No folclore, os gnomos eram associados às plantas e eram frequentemente vistos em jardins e quintais. 

Eram considerados vegetarianos que só comiam ovos não fecundados de aves.


Duendes


Os duendes são seres sobrenaturais que podem ser espíritos da natureza ou associados a fantasmas vivos. Na maioria das histórias, são descritos como anões verdes que vivem dentro de casa. Quando zangados, podem ser temidos pelo seu poder destrutivo, mas também podem ser aliados dos seres humanos. 

As histórias de duendes são cheias de magia e mistério, e podem transmitir valores universais como bondade, coragem, amizade e trabalho em equipe.


Seres elementais dentro do folclore brasileiro


No Brasil, a diversidade cultural é rica, mitologia indígena e afro-brasileira apresentam várias entidades que podem ser consideradas seres elementais ou que têm características associadas aos elementos da natureza. Aqui estão alguns exemplos:

 Iara: Na mitologia indígena, a Iara é uma sereia que habita os rios e lagos. Ela é frequentemente associada à água e é conhecida por sua beleza e canções hipnotizantes, atraindo os homens para as profundezas.

 Curupira: Uma entidade do folclore brasileiro, o Curupira é o guardião das florestas. Ele é descrito como um ser de cabelo vermelho e pés virados para trás, simbolizando a proteção da natureza e dos animais. Sua conexão com a terra e a floresta o liga aos elementos naturais.

Saci Pererê: Embora não se encaixe diretamente na categoria de seres elementais, o Saci é uma figura folclórica que representa os ventos e as travessuras. Ele é frequentemente associado à natureza e aos fenômenos naturais, e sua essência brincalhona reflete a força do ar.

Boitatá: Um espírito protetor das matas e dos campos, o Boitatá é descrito como uma cobra de fogo. Ele é associado ao fogo e à proteção contra aqueles que ameaçam a natureza, simbolizando a força purificadora do elemento.

Matita Pereira: é uma figura do folclore brasileiro, especialmente associada às tradições da região amazônica. Ela é frequentemente descrita como uma mulher muito bonita que se transforma em um pássaro, geralmente uma ave de plumagem vibrante. A Matita Pereira é conhecida por sua ligação com a natureza e a proteção das florestas.

Boto cor de rosa: De acordo com a tradição, o boto cor de rosa emerge das águas dos rios, especialmente durante as festas de São João, e se transforma em um homem atraente para seduzir mulheres. Ele é descrito como um conquistador que se apresenta em festas e celebrações, onde encanta as moças com seu charme. Após a noite de romance, o boto retorna ao rio, onde recupera sua forma original.

Essas figuras refletem a rica tapeçaria de crenças e mitos que existem no Brasil, mostrando como as culturas indígenas e afro-brasileiras interpretam e personificam as forças da natureza.


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