AULA: QLIPHOTH – O LADO SOMBRIO DA ÁRVORE DA VIDA. - Professora Convidada: Mori.

 


Qliphoth são conceitos da Cabala Hermética e da tradição esotérica judaica. Eles representam o lado sombrio da Árvore da Vida e são vistos como as "cascas" ou "conchas" que envolvem as sefirot divinas, impedindo a luz espiritual de fluir livremente. Enquanto as sefirot da Árvore da Vida representam aspectos da divindade e da criação harmoniosa, os Qliphoth são frequentemente associados ao caos, ao desequilíbrio e às forças ocultas.

Na visão ocultista ocidental, especialmente na magia luciferiana e no satanismo esotérico, os Qliphoth não são apenas obstáculos ou entidades malignas, mas também podem ser interpretados como um caminho alternativo de evolução espiritual. Muitos os veem como símbolos do inconsciente, dos medos internos e da autotransformação através do confronto com a escuridão.

Os Qliphoth têm uma estrutura semelhante à Árvore da Vida, mas invertida ou corrompida, e são divididos em dez esferas, cada uma associada a um aspecto destrutivo ou caótico da existência. Algumas tradições ocultistas trabalham com os Qliphoth para transcendência espiritual, encarando-os como desafios necessários para a verdadeira iluminação.

Os Qliphoth têm sua origem no misticismo judaico, especificamente na Cabala, onde são descritos como as "cascas" (qlipoth, no hebraico קליפות) que envolvem as sefirot da Árvore da Vida. No contexto cabalístico, representam as forças impuras que obscurecem a luz divina e impedem a manifestação da espiritualidade pura.

Origem nos Textos Cabalísticos

O conceito de Qliphoth aparece em textos cabalísticos como o Sefer ha-Zohar (O Livro do Esplendor) e o Sefer ha-Bahir (O Livro da Clareza). Nesses textos, os Qliphoth são descritos como forças associadas ao mal e à impureza, ligadas ao Sitra Achra ("O Outro Lado"), uma contraparte sombria da criação divina. A ideia é que, enquanto as sefirot representam o equilíbrio e a harmonia divina, os Qliphoth são a corrupção ou degeneração dessa energia.


A Relação com a Árvore da Vida

A Árvore da Vida é um mapa espiritual composto por 10 sefirot, que representam os aspectos divinos da criação. Os Qliphoth são como "sombras" dessas sefirot, existindo no lado oposto da Árvore e representando a versão distorcida e desequilibrada de cada uma.

A estrutura dos Qliphoth pode ser vista como uma árvore invertida, conhecida como a Árvore da Morte, um reflexo sombrio da Árvore da Vida. Cada Qlipha (esfera qliphótica) é associada a forças destrutivas e caóticas, sendo governada por entidades demoníacas ou arcontes.

A Árvore Qliphótica e Seus Reinos

Assim como a Árvore da Vida tem dez Sephiroth, a Árvore Qliphótica possui dez Qliphoth, cada uma representando uma distorção das qualidades das esferas divinas


Os 10 Qliphoth e seus Governantes

-  Thaumiel (oposto a Kether) – Dualidade em vez de Unidade; governado por Satanás e Moloch.


- Ghogiel (oposto a Chokmah) – Caos e confusão mental; governado por Beelzebub.


- Satariel (oposto a Binah) – Ocultamento da verdade; governado por Lucifuge Rofocale.


- Gamchicoth (oposto a Chesed) – Corrupção da misericórdia; governado por Astaroth.


- Golachab (oposto a Geburah) – Fúria destrutiva; governado por Asmodeus.


- Thagirion (oposto a Tiphareth) – Egoísmo e vaidade; governado por Belphegor.


- Harab Serapel (oposto a Netzach) – Destruição da beleza; governado por Baal.


- Samael (oposto a Hod) – Engano e mentiras; governado por Adramelech.


- Gamaliel (oposto a Yesod) – Corrupção dos sonhos e ilusões; governado por Lilith.


- Nahemoth (oposto a Malkuth) – Mundo das sombras e ilusões materiais; governado por Naamah.




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