A filosofia luciferiana. Neófito: Luiz Roberto.
A filosofia luciferiana é um sistema espiritual centrada na autonomia, busca pelo conhecimento e autorrealização, entendendo Lúcifer não como figura exclusivamente literal, mas como arquétipo do Portador da Luz, símbolo da consciência desperta, da rebeldia consciente e da superação de limites impostos por dogmas externos. Sua base não é a adoração cega, mas a prática ativa de iluminação interior. É um caminho associado à chamada tradição da mão esquerda,(sinistra) embora também dialogue com elementos da filosofia hermética do ocultismo ocidental, da gnose e da psicologia arquetípica.
Valoriza a busca pela verdade interior em vez de obediência cega a dogmas.
O praticante é chamado a confrontar suas próprias sombras, desejos e limitações, integrando-os ao invés de reprimi-los.
Nós seguimos através do autoconhecimento, autodeterminação mas sempre com ética e responsabilidade, fazemos nosso própria jornada espiritual em vez de seguir uma espiritualidade programada, não se submete a uma divindade mas sim reconhecer ela.
É um caminho de autospoteose: Tornar-se Senhor de si mesmo, expandindo consciência e poder pessoal.
No campo prático, seus princípios mágicos combinam elementos de magia cerimonial, ocultismo, alquimia interna e rituais simbólicos que servem como ferramentas de transformação psíquica e espiritual. A magia é vista como um ato de autodomínio e co-criação da realidade, exigindo disciplina, ética e clareza de intenção.
O objetivo da magia é expandir a consciência, transformar a realidade e despertar potenciais ocultos.
Usa arquétipos (como deuses, demônios ou símbolos) como ferramentas psicológicas e espirituais.
Os arquétipos desempenham papel muito importante, representam forças psíquicas que podem ser ativadas para acessar potenciais. Não se trata de culto passivo, mas de interação consciente com símbolos que refletem aspectos do próprio praticante.
Exemplo: Lúcifer como
arquétipo, representa o portador da luz (do latim lux + ferre), símbolo da iluminação interior.
Não é visto como um "deus externo" que exige adoração, mas como uma força interior de despertar, coragem e liberdade.
Luz e sombra:
A qui a ideia de luz e sombra é central e carrega um significado diferente daquele presente em tradições dualistas como o cristianismo. Em vez de serem opostos irreconciliáveis (bem vs. mal), luz e sombra são forças complementares que fazem parte da jornada do praticante.
A integração entre luz e sombra é indispensável na caminhada luciferiana, não a liberdade se ainda continuamos presos a partes que não conhecemos. As sombras não são inimigos a serem banidos, mas aliados a serem conquistado, nosso catalisador para caminhar pela luz.
Ao contrário do cristianismo, que enxerga Lúcifer como o mal, o luciferianismo o vê como símbolo de liberdade e conhecimento.
Em resumo:
A filosofia luciferiana é uma proposta de autodescobrimento e autossuperação, onde o indivíduo se torna o próprio "portador da luz", cultivando conhecimento, liberdade e poder criativo, sem negar as forças sombrias que também fazem parte da existência.
Assim, o luciferianismo se revela não como um culto à destruição, mas como uma via de autoaperfeiçoamento e libertação.


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