Correlação entre alquimia e ocultismo – A chave para transformação - Neófita: Nalu.

 

Origem da Alquimia


Definir a origem da alquimia é um tanto quanto complicado, porque não há um consenso sobre seu local de surgimento. Boa parte dos autores defendem que a alquimia se originou no Egito, mas há indícios de que ela pode ter se originado na China ou até mesmo na Índia.

 

A defesa da origem chinesa se dá pela etimologia da palavra “alquimia”. Defende-se que venha do chinês kimou chim, que significa “aurifação”, ou seja, a ideia teórica de que ouro poderia ser manufaturado. Sendo assim, com as rotas comerciais, a chim foi levada até a Índia, depois para o Oriente Médio, até chegar ao Ocidente, onde, na Grécia, o termo foi talvez traduzido como khemeia (ou chyma), que significa “lançados juntos”, “soldar” ou até mesmo “ligar”.

 

A Alquimia é uma prática ancestral, a antiga química exercitada na Era Medieval. Ela une em seu amplo espectro cognitivo noções de química, física, astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo e religião. A crença mais difundida é a de que os alquimistas buscam encontrar na Pedra Filosofal mítica substância, o poder de transformar tudo em ouro e mais ainda de proporcionar a quem a encontra a vida eterna e a cura de todos os males.

 

Porém segundo os pesquisadores a Alquimia vai além. Suas metas têm um valor simbólico, o que significa que na verdade seus praticantes visam algo maior a transmutação espiritual. Assim sendo, o famoso Elixir da Longa Vida um recurso próprio do organismo humano, capaz de conceder àqueles que realizam o longo processo de purificação espiritual uma vida dilatada e prolongada. Afirma-se que esta substância é também um ponto importante na filosofia da Yoga.  

 

Os alquimistas procuravam intensificar a busca deste Elixir através de experiências laboratoriais que utilizavam os quatro elementos essenciais nos trabalhos alquímicos: fogo, água, terra e ar. Na observação extrema da Natureza e de seus componentes, os alquimistas alcançaram conhecimentos muito importantes, alguns deles só recentemente retomados pela Física Quântica, como a evidência de que todas as coisas se encontram interconectadas no Cosmos. Esta visão holística contribuiu muito para as curas realizadas pelo médico suíço Philippus Paracelsus, que em sua missão de curador partia deste ponto de vista. 


Ele acreditava na tríade alquímica sendo composta por Enxofre (espírito), Mercúrio (mente) e Sal (corpo), representa esses diferentes princípios que se relacionam no processo de purificação e transformação alquímica. 

 

Atualmente, esta mesma crença é resgatada pela Antroposofia, corrente espiritualista que também compara conceitos da Alquimia com forças ativas da alma. Alguns de seus pensadores vêem o ouro perseguido pelos alquimistas como uma representação do ‘self’, a essência humana.

 

A Alquimia lida igualmente com alguns pontos da Cabala, além de cultivar uma filosofia hermética. Da teoria cabalística a Alquimia herdou a busca da harmonia dos contrários. A Pedra Filosofal poderia ser, portanto, a procura da perfeição, que não poderia ser alcançada sem o equilíbrio entre as polaridades de que o Homem se reveste. Portanto, a manipulação dos metais seria um símbolo da metamorfose espiritual pela qual passa cada um dos seres vivos.

 

Alquimia como o centro do ocultismo

 

Estudo do "oculto":

O ocultismo engloba o estudo do que é secreto, misterioso e sobrenatural, como a magia, a astrologia e incluindo a alquimia, a busca por um conhecimento mais profundo da natureza e do espírito.

 

Origem mística:

A alquimia, que remonta a tradições antigas como o hermetismo egípcio, foi influenciada por diversas religiões e filosofias, o que a insere no campo do misticismo e do esoterismo. 


Conhecimento integrado:


No passado, não havia uma distinção entre a ciência e as ciências ocultas. A alquimia, por exemplo, já incorporava conhecimentos de astrologia, da cabala e de práticas mágicas, tudo visto como um sistema integrado para entender o universo.

 

A volta da alquimia através do ocultismo:

Após um período de declínio, o interesse pela alquimia ressurgiu no século XIX, especialmente através de movimentos ocultistas e teosóficos.

 

Carl Jung e a simbologia:

O psiquiatra Carl Jung foi um grande influenciador ao analisar a alquimia como um caminho espiritual. Para ele, os símbolos alquímicos representavam um processo de transformação interior e autoconhecimento do indivíduo.

 

Busca pela perfeição:

Atualmente, a alquimia é vista por muitos como uma jornada de autodescoberta e busca pela perfeição interior, onde o alquimista se transforma através de um processo de desenvolvimento pessoal.

 

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