A Deusa Héstia: A chama silenciosa que ilumina o lar. - Neófita: Silvia.
Na mitologia grega, Héstia é a deusa sagrada do fogo que foi muito respeitada pelos deuses e os mortais. Devido a sua natureza mais passiva e não envolver em guerras e conflitos, não muito mencionada na maioria dos mitos, no entanto isso não significa que ela não possui importância na cultura grega.
Sendo a terceira filha de Hera e Cronos os gregos valorizavam muito a Deusa Héstia e como não mencionei ela na aula passada fazendo parte dos 12 principais Deuses Olimpo, ela cedeu o seu lugar a Dionísio. Assim dando a transição matrilinear para um patrilinear. A partir de então os deuses (masculinos) passam a ser maioria. Segundo Demetrakopoulos, (1979, P.127 E 128), muitos autores tendo outras conclusões.
Deusa Héstia escolheu uma vida de serviços aos deuses e a comunidade renunciando o amor e ao casamento. Sendo belíssima e sendo cortejada por Poseidon e Apolo, induzidos por Afrodite. jurou virgindade perante Zeus, e dele recebeu a honra de ser venerada em todos os lares, ser incluída em todos os sacrifícios e permanecer em paz, em seu palácio cercada do respeito de deuses e mortais.
Ela era o coração de cada lar grego chama sagrada nas lareiras, simboliza vida era ela que garantia a harmonia e a união de cada casa em cada cidade havia um templo dedicado a Héstia onde uma chama sagrada ardia continuamente.
Héstia é também capaz prover hospitalização, ilumina, focaliza e aconchega dores, cicatrizes e sintomas para que eles possam se movimentar, reagrupar, ressignificar e aquecer (Freitas, p. 2005, p. 136).
Foi deste Fogo de Héstia que Prometeu roubou a centelha de fogo que deu à Humanidade para nos presentear com o elemento do Fogo. Isto assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais.
Héstia na vida dos gregos e romanos
Brandão (1992, p. 348) e Bolen (1990, p. 158-159) citam entre gregos antigos, Héstia não era reconhecida através de mitos e representações, mais sim através de rituais sagrados:
1. Nos casamentos, a mãe da noiva acendia, diante do casal, a lareira da nova casa, como o fogo aceso, trazido da lareira do lar primitivo;
2. Nos nascimentos, após cinco dias, á criança era apresentada à lareira de Héstia para que fosse considerada perante à família. Seguia – se um banquete sagrado;
3. Ao morrer, o corpo era cremado nas chamas acesas no fogo de Héstia;
4. As reuniões das tribos aconteciam ao redor da lareira da cidade, que ficava num edifício público chamado Pritaneu, como símbolo de união de irmãos e identidade comum;
5. Os colonizadores levaram o fogo do altar de Héstia para ascender o fogo do altar da nova cidade;
Demetrakopoulos (1979, p. 128) e Kerényi (2000, p. 80) acrescentam mais três rituais à lista;
1. A cada refeição, oferecia – se a parte mais saborosa (provavelmente a parte mais gorda da carne) para Héstia (Demetrakopoulos, 1979 p.128).
2. Os juízes de um criminoso que teria pecado contra os deuses; país ou Estado, deveriam escrever todos os dados pertinentes ao caso e deixar esses papéis no altar de Héstia. Antes do último ato “voto sagrado”, os juízes deveriam jurar no alta da deusa com a finalidade e emitir suas melhoras e mais honestas sentenças (Platão Demetrakopoulos em1979, p. 132)
3. Héstia recebia não somente o primeiro, mas, também o ultimo sacrifício de toda a assembléia cerimonial de mortais Kerényi (2000, p. 80).
O templo de Héstia conferia imunidade política e social a quem nele adentrasse, semelhante à recebida pelo hóspede diante da lareira e por ela protegido por lares.
Diante da presença de Héstia, não eram permitidas brigas e disputas (Paris 1994), mas sim a solução delas( Demetrakopoulos (1979).
A tocha olímpica nos jogos modernos
A tradição de acender a tocha olímpica por meio dos raios solares, mantida desde a Grécia Antiga, é reproduzida nos jogos modernos. No entanto, ela é realizada por atrizes que vestem trajes típicos para representar as sacerdotisas de Héstia, deusa grega do fogo.
Curiosidades: Origem do Fogo
Nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, uma chama era tradicionalmente acesa em homenagem à Hera, esposa de Zeus, e mantida durante toda a duração dos jogos.
A tradição da chama olímpica nos Jogos Olímpicos Modernos iniciou em Amsterdã, em 1928, quando a chama foi utilizada pela primeira vez. Em 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, na Alemanha, surgiu prática do revezamento da tocha.
Era a Deusa da Chama Sagrada e Sacrificial e, como tal, em todas as oferendas queimadas em honra dos Deuses a primeira parte da oferenda era sempre dada a Héstia. A cozinha da carne sacrificada era parte do domínio de Héstia. O fogo acendido em honra a Héstia em templos ou locais de culto não poderia ser apagado e, caso fosse, não poderia ser acendido com fogo normal e teria um processo próprio para voltar a acender a chama destes altares.
Conclusão
Esta aula não tem como o objetivo substituir seus estudo sobre esta e a demais divindades e sim de despertar interesse e também fornece alguns pontos de vistas para iniciar pontos de partidas para poderem se conectar com as Divindades que sempre abordamos. As informações não sendo suficientes para sustentar uma prática de culto a uma divindade é necessário de investigações adicionais é sempre necessária.
Assim como a lareira acesa. Héstia evoca, congrega e hospeda imagens oriundas do inconsciente fecundo. É a deusa representante do arquétipo que nutre, protege, ilumina e foca. Héstia é o centro de onde tudo se origina e para onde tudo se retorna.
Sua tipologia caracteriza- se pela introversão com função principal sentimento, mas mostra-se ao mundo como sensação extrovertida. Isso lhe confere as características
De ser dada à reclusão, á quietude, á amabilidade e á sensibilidade. É dedicada e comprometida com as pessoas que lhe são importantes.


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