Hermes Psychopompos. - Responsável: Sacer Akane. - Neófita: Silvia Falcão.

 

Antes de iniciarmos farei um breve resumo do Panteão Grego/Romana – Religião Antiga

A religião dos antigos gregos era politeísta. Possuía 14 deuses principais que junto destes foram acrescentados os semideuses e ninfas e acreditavam que eles viviam em montes.

Observação: Os Heróis são como semideuses.

Curiosidades 

As influências religiosas foram diferencias por locais específicos naquela época. 

Grécia Continental era o local onde ficava as principais cidades gregas.

A Jônia também conhecida como Ásia menor que tinham uma série de estados menores que foram fundidos ao longo da história grega.

Magna Grécia aquela região ao Sul da Itália e a Sicília essas regiões tiveram alguma influência dos gregos antigos.

Os gregos pensavam que seus deuses representavam as forças das naturezas. Então todos os eventos da natureza eram considerados manifestações divinas.

Na Grécia antiga cada cidade tinha um deus principal.

Cada cidade possuía templos específicos para cada tipo de adoração específica regional.

Cada um desses templos a adoração aos deuses e a manutenção geral era a atribuição dos sacerdotes, os templos não eram abertos ao público então foram construídos em alguns lugares públicos. Porque os gregos acreditavam em vida pós morte dentro da sua crença enviava ao Adis e no Adis o destino dessa pessoa era conduzido no Barco de Caronte que leva os mortos para Hades determinando na crença dos deuses que poderiam ir para 3 lugares.


1- Campos Elíseos que era uma espécie de paraíso dedicado para pessoas valorosas e para pessoas boas. Inclusíve era local onde os heróis gregos moravam.

2 -Campo Asfódelos

Que eram locais dedicados para pessoas entre aspas irrelevantes que não eram valorosas e não foram pessoas cruéis.

3- Campo Tártaro 

Local que as pessoas cruéis iam. Local de Sofrimento


Além de formularem séries de mitos que eram utilizados para explicar tanto os eventos da natureza como por exemplo a contentação da vida dos homens dentro dos mitos.


Só que essa religião tradicional originária da crença dos gregos ela acabou perdendo força com o cristianismo tanto na Grécia como na Itália por volta do século 2 depois de cristo.

Antes de iniciarmos ao objetivo da aula farei um breve resumo da Divindade Hermes na mitologia grega.


Hermes significado do nome: Marcador de fronteiras, também conhecido como mensageiro dos deuses do monte Olimpo.

Filho de Zeus e da Ninfa Maia, ele nasceu com dons 

únicos.

Os poderes de Hermes, revela ser engenhoso, que se

movem entre mundos divino, humanos e até mesmo o submundo.

Hermes na Religião e nos Festivais Gregos

Na Grécia Antiga, festivais religiosos eram momentos de conexão entre humanos e divindades. O mensageiro celestial ocupava lugar central nesses rituais, especialmente no Hermaia – celebração que unia competições atléticas a oferendas simbólicas. Cidades como Atenas e Creta erguiam altares em cruzamentos de estradas, locais sagrados para pedir proteção nas viagens.

Cultos, Oferendas e Celebrações

Os devotos traziam presentes variados: mel, figos e até moedas. Agricultores ofereciam primícias das colheitas, enquanto comerciantes doavam parte dos lucros. Esses gestos reforçavam seu papel como patrono da prosperidade e das trocas justas.

Nas cerimônias em honra aos mortos submundo, sacerdotes invocavam sua habilidade de guiar almas. Em Tebas, por exemplo, ritos funerários incluíam cantos que pediam passagem segura para o além. Essa dualidade – entre vida e morte – marcava sua importância espiritual.

Competições de velocidade durante o Hermaia, celebrando agilidade;

Estatuetas de bronze colocadas em fronteiras como amuletos protetores;

Sacrifícios de cordeiros jovens, simbolizando renovação.

Como patrono dos atletas, era comum ver corredores carregando pequenos caduceus durante provas. Essa tradição mostra como a religião moldava até aspectos cotidianos, unindo fé e atividade física. Até hoje, escavações revelam inscrições de gratidão nas ruínas de templos dedicados a essa figura multifuncional

Hermes na face Psychopompas

Nasceu num dia quatro (número que lhe era consagrado), numa caverna do monte Cilene, ao sul da Arcádia. O menino revelou-se de uma precocidade extraordinária, apesar de enfaixado e colocado no vão de um salgueiro, árvore sagrada, símbolo da fecundidade e da imortalidade, o que traduz, de saída, um rito iniciático.

No mesmo dia em que veio à luz, desligou-se das faixas, demonstração clara de seu poder de ligar e desligar, e viajou até a Tessália.

Os mitos descrevem Hermes como uma divindade complexa, com muitos atributos e funções. Todas associadas à flexibilidade, inconstância, imparcialidade, ausência de fixação, e também associadas a características secundárias a estas, como a sedução, a mentira, a adivinhação, astúcia, etc. Essas características plasmaram a imagem de Hermes em formas diversas, a saber:

Deus agrário, protetor dos pastores nômades indo-europeus e dos rebanhos.

Tem qualidade de “Trickster”, pela astúcia utilizada ao ter furtado o rebanho de Apolo, tornando-se o símbolo de tudo que remeta a astúcia, ardil e trapaça; amigo e protetor dos comerciantes e dos ladrões.

Conhecedor dos caminhos, sem ponto fixo e sem morada definida, Hermes era mensageiro dos deuses entre si, é mensageiro entre estes e os homens. Realiza a função de psicopompo, conduzindo assim as almas dos mortos a Hades, e também trazendo-as à luz, quando solicitado.

É aquele que transmite toda ciência secreta. Não sendo apenas um deus olímpico, mas igualmente ou, sobretudo um "companheiro do homem", Hermes tem o poder de lutar contra as forças ctônias (terrenas), porque as conhece. Todo aquele que recebeu deste deus o conhecimento das fórmulas mágicas tornou-se invulnerável a toda e qualquer obscuridade. Aquele que é iniciado pelo luminoso Hermes é capaz de resistir a todas as atrações das trevas, porque se tornou igualmente um "perito".

Como dito anteriormente, Hermes, assim como o romano Mercúrio, o africano Exu, o egípcio Thot e o hindu Ganesha, representa o arquétipo do psicopompo.

Psicopompo é uma palavra que tem origem no grego psychopompós, junção de psyché (alma) e pompós (guia) e designa um ente cuja função é guiar ou conduzir a percepção de um ser humano entre dois ou mais eventos significantes.

Arquétipo que efetua a tarefa de revelar um símbolo ou sentido de orientação, necessário para a continuidade da trajetória individual de quem o encontra.

Este guia interior pode ser de natureza humana, (na mitologia grega como Ariadne), animal (coelho de Alice no País das Maravilhas) ou espiritual (como no caso de Hermes).

Quando nos encontramos em um estado de identificação unilateral com nosso ego e a vida consciente, podemos ser surpreendidos por eventos que desestruturam nosso equilíbrio emocional. Nessas ocasiões Hermes se fará presente, fazendo traquinagens a fim de restabelecer a integridade psíquica, levando o individuo a lidar com neuroses, somatizações e outras dificuldades psíquicas.

A capacidade desse Deus de lidar com os três níveis – o inferior, o terreno e o superior, o torna capaz de transitar e trazer mensagens destes planos. Em uma análise profunda, é capaz de trazer mensagens do inconsciente para a consciência, possibilitando que os conteúdos reprimidos (sombra) e o nosso lado não digno sejam elaborados e ressignificados.

Além disso, a capacidade de conduzir almas por estes planos o torna, sob o ponto de vista da psicologia analítica, um condutor dos seres em sua transmutação e em seu processo de individuação.

Portanto, a presença deste arquétipo é de importância vital para o processo psicoterapêutico e de individuação, uma vez que esse é um trabalho em conjunto de negociação entre inconsciente e consciente.

O ato de se tornar consciente, portanto, deve passar pelo nosso lado menos bonito, menos digno, aquilo que não agrada o coletivo e que constantemente desprezamos, mas que é extremamente necessário para entrarmos em contato com outros lados de nossa personalidade. Pois somente aquilo que evitamos é que pode nos curar!


Hermes no submundo: seu papel como psicopompo

Um psicopompo é um guia para almas que viajam para a vida após a morte, frequentemente retratado como uma figura responsável por escoltar os mortos até seu local de descanso final. Na mitologia grega, Hermes, o deus mensageiro, desempenha um papel significativo como psicopompo, conectando o reino dos vivos com o submundo.

Explorar o papel de Hermes no Mundo Inferior revela as complexidades da vida, da morte e da vida após a morte. Sua posição única permite uma compreensão mais profunda das crenças em torno da mortalidade na Grécia Antiga.

Compreendendo o conceito de submundo na mitologia grega

O Submundo, conhecido como Hades, é um reino complexo que representa o destino final das almas após a morte. Não é meramente um lugar de punição ou recompensa; em vez disso, serve como um domínio onde as almas existem em um estado sombrio.

As principais figuras do submundo incluem:

Hades: O deus do submundo.

Perséfone: Rainha de Hades, que passa parte do ano no Submundo e parte na Terra.

Caronte: O barqueiro que transporta almas através do Rio Estige.

A jornada das almas após a morte envolve a travessia do Rio Estige, onde Caronte exige pagamento pela passagem, geralmente na forma de um óbolo, uma pequena moeda colocada na boca do falecido.


Este tipo é caracterizado por seu suave contrapposto, o aspecto meditativo e o manto que cai sobre o ombro esquerdo e o ante-braço. Tal aspecto coaduna-se bem com sua função funerária de psychopompos, isto é, de condutor da alma do defunto para o pós-túmulo.

Não é certo o local de descoberta da escultura. Uma hipótese é de que seja a Vigna Pallini, nos arredores do Castel Sant´Angelo, outrora o Mausoléu de Adriano, razão pela qual foi ela por muito tempo considerada um Antinous, o famoso predileto do imperador.

A outra localidade da descoberta, conforme Aldovrandi e Agostino Ferrucci (1588), seria S. Martino in Monti, em Roma. No primeiro caso, a obra teria sido adquirida em 1543 por Paulo III para decorar um nicho do Belvedere; no segundo, por Leão X (ante 1521), junto com outro Antinous.

Restaurada por Guglielmo della Porta, com intervenções consideradas excessivas e sucessivamente retiradas, a obra foi considerada um cânon para os artistas do século XVII. Poussin e Duquesnoy desenham-na, explicitando suas medidas e proporções. Bernini afirmava (apud Wittkower, 1975, p. 105) que em sua juventude: “”quando eu estava em dificuldades com minha primeira estátua, voltava-me para o Antinous, como para um oráculo””.

Bober-Rubinstein inventariam desenhos de estudo da obra por Parmigianino (1535-1540), Baccio Bandinelli e Goltzius, entre outros. Há além disso, bronzetti de Pietro da Barga, no Bargello, e de Duquesnoy.

Luiz Marques

13/04/2010

Bibliografia:

1975 – R. Wittkower, Studies in the Italian Baroque. Londres, p. 105

1986 – P.P. Bober, R. Rubinstein, Renaissance Artists and Antique Sculpture. A Handbook of sources. Londres, Oxford e New York: Harvey Miller e Oxford University Press.”

Mitos que ilustram o papel de Hermes

Vários mitos ilustram o papel de Hermes como psicopompo. Um dos mais notáveis é a história de Orfeu e Eurídice. Nesta história, Orfeu desce ao Mundo Inferior para resgatar sua amada Eurídice. Hermes desempenha um papel crucial em facilitar a jornada de Orfeu e guiá-lo de volta à superfície.

Além disso, Hermes está envolvido com as almas de heróis caídos. Após a Guerra de Troia, ele guiou as almas de heróis como Aquiles e Pátroclo para o Mundo Inferior, garantindo que recebessem uma passagem adequada.

Outros mitos notáveis incluem:

A história de Hermes levando as almas dos pretendentes de Penélope para o Submundo.

Sua assistência a Psique em sua jornada para chegar ao Submundo e retornar.

CONCLUSÃO

Em resumo, as contribuições de Hermes como psicopompo revelam seu papel fundamental na mitologia grega. Ele serve como um elo vital entre os vivos e os mortos, facilitando a jornada das almas e personificando a dualidade da vida e da morte.

Refletir sobre seu papel oferece insights valiosos sobre as antigas crenças gregas sobre a mortalidade e a vida após a morte, ressaltando a importância da orientação na transição entre mundos.

Em última análise, o legado duradouro de Hermes na mitologia e na cultura continua a influenciar nossa compreensão da vida, da morte e dos mistérios que estão além dela.

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