Moiras. - Neófita: Silvia Falcão.
As Moiras (em grego: Μοῖραι, que significa literalmente: "partilha, sina, destino"), as três irmãs personificações do destino, que surgiu na antiga Grécia. De origem duvidosas, de onde vieram essas deusas tecelãs do início, meio e fim da vida dos mortais e imortais.
Alguns dizem que surgiram da profunda escuridão da noite filhas de Nix, segundo Hesíodo. Sendo referidas também como filhas de Zeus com Têmis irmãs das HoraS. E até mesmo irmãs de Zeus o qual não ousou em intervir em suas funções dando lhes a maior honra. Sendo referidas como Parcas, Fadas e Nornas em diferentes regiões com suas funções sempre bem referenciadas e com seus méritos conservados. As irmãs que teciam os destinos de todos.
Conhecidas pelos seus nomes Cloto, Lâquesis e Àtropos. Juntas faziam os ciclos da vida se entrelaçarem.
Cloto (A Fiandeira)
A mais jovem das irmãs, cabia a tarefa de trazer a vida, sendo a fonte de todas as vidas com seus dedos delicados e hábeis. Cloto introduzia cada novo fio no tear determinando o nascimento de cada criatura. A senhora do início, o primeiro folego, a primeira batida do coração.
Lâquesis (O Comprimento)
Lâquesis (do verbo λαγχάνω, que significa “sortear” ou “destinar”),
a tarefa que exigia discernimento e sabedoria. Ela media cada jornada determinando a duração de suas jornadas, o curso da vida, a melodia do destino em cada decisão tomada e cada evento ocorrido. Cada alegria, cada tristeza medida por ela cuidadosamente.
Àtropos (A Inflexível)
A mais velha e temida! Aquela que corta o fio da vida. Seu nome inevitável e inflexível derivado de ἄτροπος. Como seu nome mesmo diz não adiantava voltas.
A expressão sombria e olhos profundos que conheciam os segredos do universo ela carregava as das mais assustadoras das responsabilidades com uma tesoura afiada com o tempo implacável com a verdade.
Átropos cortava o fio da vida, o último suspiro, a ultima batida do coração a qual eram determinados. No entanto ela não era uma figura de terror, mas de equilíbrio lembrando todos da inevitabilidade de cada momento
vivido.
E assim, ao compreendermos o papel das Moiras. Cloto, Láquesis e Átropos , percebemos que a magia não é apenas o ato de intervir no destino, mas de dançar com ele. Elas não são inimigas do mago, mas tecelãs do próprio tecido onde o poder se manifesta e reconhecer sua presença é aceitar que todo feitiço tem um fio, um ponto de início e um corte inevitável. Honrar as Moiras é agir com consciência, sabendo que o verdadeiro poder está em tecer com sabedoria o próprio caminho, sem desafiar o destino, mas aprendendo a conversar com ele em silêncio, entre um sopro e o próximo entrelaçar da linha.


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