Introdução a Prática da Necromancia - Mestre: Mago Orion


Introdução à Necromancia

Um necromante nada mais é do que um mago focado nos mortos, e o Necromantismo é mais de mil anos mais antigo que o cristianismo. Hoje se tem uma visão deturpada de suas raízes, pois a cultura Ocidental condena tal prática e traz a nós informações completamente errôneas sobre alguns aspectos de outras culturas. Dessa forma, como tabu, tornou-se um recurso comumente utilizado em práticas de charlatanismo e amplamente explorado pela mídia sensacionalista.


O que é Necromancia?

A necromancia ou nigromancia é uma prática religiosa onde, supostamente, o médium se comunica com os mortos trazendo informações para proveito próprio ou de outrem, ou simplesmente para satisfação de curiosidade sobre seu bem estar no pós-vida. Em algumas práticas, os envolvidos alegam até mesmo trazer os mortos novamente a uma semi vida de servidão. O necromante utiliza-se de meios como incorporação, psicografia, baralhos, etc. para obter informações do mundo espiritual.

Acredita-se que, por não estarem limitados ao plano terrestre, os mortos possuem acesso a informações sobre o presente e o futuro que estão indisponíveis aos vivos. Embora o objetivo do ritual nem sempre fosse prejudicar alguém, muitos necromantes foram enforcados e queimados.


Rituais

Supõe-se que pessoas recentemente mortas sejam mais suscetíveis à comunicação,então alguns necromantes tentavam reanimar os cadáveres e convencê-los a atacar os vivos.

Para isso, exumavam os corpos e executavam rituais sobre a sua sepultura enquanto encantamentos eram pronunciados e símbolos mágicos cercados por crânios eram traçados no chão.

 Vestido com as roupas roubadas de um cadáver e concentrando todos os seus pensamentos na morte, o necromante aguardava algum sinal da presença do espírito. Qualquer sinal, como o tremular da chama de uma vela ou o farfalhar das folhas, era entendido como uma autorização para que o mago realizasse suas perguntas.

De acordo com alguns grimórios (livros de magia), a carne de um cão deve ser consumida, pois é um animal sagrado para a deusa Hécate, que controla os fantasmas, a feitiçaria e a morte. Outra vertente de ritual que conheço que pouco difere da primeira é que, após os preparativos necessários, o ritual é realizado em um cemitério, começando à meia-noite em ponto.

 necromante, de pé dentro de um círculo mágico desenhado em torno de uma sepultura aberta, começa a recitar uma série de encantamentos especiais. Este abre a tampa do caixão e toca o corpo três vezes, comandando o seu espírito desencarnado para reinserir o corpo morto. Assim, o espírito satisfaz o desejo do necromante, dando-lhe as informações solicitadas.

 O espírito receberá como recompensa o descanso eterno, ao se enterrar uma estaca de madeira através do coração do cadáver, ou queimando suas a cinzas, ou enterrando-o em cal virgem, ou simplesmente comendo sua carne. Os necromantes alegadamente preferem tratar com o recém-falecido (morto há 12 meses ou menos, tradicionalmente), pois suas revelações são ditas de maneira mais clara.


 Alguns necromantes

São considerados praticantes famosos da necromancia os magos John Dee, Edward Kelley, Eliphas Levi, o filósofo grego Apolônio de Tiana, e, claro, a Bruxa de Endor.

 O caso mais famoso de necromancia é o da denominada "Bruxa de Endor", descrito na Bíblia, em Samuel 1;28, onde esta convoca o espírito de Samuel na presença do rei Saul. Oepisódio bíblico foi amplamente aceito durante muito tempo como evidência irrefutável da existência da prática da bruxaria. Outro episódio exemplar de necromancia encontrado na Bíblia está em Deuteronômio 18;9-12, onde os Israelitas são advertidos a evitar a censurável prática do Cananeus, de previsão do futuro por meio dos mortos.

 Conta-se também que ma tribo indígena roubou o corpo de um chefe de outra tribo algumas horas após a sua morte. Colocaram o corpo em cima de um círculo desenhado no chão e fizeram perguntas ao morto, sobre o futuro e as possibilidades de caça. Estas práticas foram mais comuns na costa leste da América do Norte. Os antigos romanos também praticavam a necromancia, desenterravam um morto, faziam um ritual ao redor do corpo, despertavam o espirito e questionavam-o.


Ouija

Necros = mortos + mancia = adivinhação; é o uso das habilidades do magista para contactar os espíritos dos mortos.

 pós a desambiguização da palavra, você, pé de pode que visita o Brasil Bizarro provavelmente se lembrou do famoso tabuleiro Ouija.

Para quem não sabe, a Ouija ou Tábua Ouija, criada para ser usada como método da necromancia, é qualquer superfície plana com letras, números ou outros símbolos em que se coloca um indicador móvel, utilizada para comunicação com espíritos.

Os participantes colocam os dedos sobre o indicador que então se move pelo tabuleiro para responder perguntas e enviar mensagens. No Brasil, há uma variante conhecida como a brincadeira do copo ou o jogo do copo, em que um copo faz as vezes do indicador para as respostas. Existem também apoios para a utilização de lápis durante as sessões.

 Embora simples, eis meios que a maioria das pessoas conhece para contatar os mortos, sem sequer reparar na evidente relação com a necromancia que tais jogos têm.

 necromancia , comunicação com os mortos, geralmente para obter insights sobre o futuro ou para realizar alguma tarefa impossível. Tal atividade era corrente nos tempos antigos entre os assírios, babilônios, egípcios, gregos, romanos e etruscos; na Europa medieval, passou a ser associada à magia negra ( ou seja, prejudicial ou antissocial) e foi condenada pela igreja.

 Seus praticantes eram mágicos habilidosos que usavam um círculo consagrado em algum lugar desolado, geralmente um cemitério , para se protegerem da raiva dos espíritos dos mortos. No caso de uma morte prematura ou violenta , acreditava-se que o cadáver retinha alguma medida de vitalidade não utilizada, e assim o uso de partes de cadáveres como ingredientes de encantos veio a ser uma técnica importante de bruxaria . A necromancia era especialmente popular na Idade Média e no Renascimento, e suas tentações e perigos foram vividamente descritos nas histórias de Fausto de Christopher Marlowe e Johann Wolfgang von Goethe .


Como eram os rituais de necromancia?

Cerimônia para trazer os mortos de volta na Grécia antiga incluía sacrifícios de animais e o cozimento de pedaços do cadáver humano . As técnicas para invocar os mortos envolviam comida podre e até canibalismo.Necromancia vem das palavras gregas nekrós (“cadáver”) e manteía (“profecia”). Os gregos, de fato, ficaram famosos por usar ...


 


Só para os fortes

Todo ritual tem o objetivo de criar uma armadilha para os espíritos  em geral, eles não estão interessados em visitar o nosso plano de existência. Para se preparar, a sacerdotisa. Para se preparar, a sacerdotisa passa dias sem sexo, sem comer carne e sem ingerir álcool. Ela vive à base de comida estragada e usa roupas do falecido. Para ter contato com a morte, a sacerdotisa cozinha pedaços do cadáver e toma o caldo da panela. Usando magia negra, a sacerdotisa também pode substituir o próprio olho pelo olho do morto para enxergar tudo o que ele vê.


Papo reto

Quando o espírito se aproxima, a sacerdotisa entra em transe. Ela pode falar com a voz do morto ou repassar as perguntas dos clientes ao falecido e ouvir as respostas em sua cabeça. O contato dura apenas alguns minutos, por isso é importante que a conversa seja objetiva.


Tentativa e erro

Durante o ritual, a sacerdotisa e os convidados devem ficar dentro de um círculo traçado no chão e não devem sair nem para ir ao banheiro. O tempo-limite é o amanhecer. Se nada acontecer até lá, a linha é desfeita e o grupo pode se encontrar na noite seguinte e recomeçar.


 Vá para a luz

Acender uma fogueira à meia-noite atrai almas penadas – melhor ainda se o local for bem escuro, como um bosque, uma caverna ou uma encruzilhada afastada. Se a noite estiver enevoada, mais chances de o espírito se manifestar, já que ele não vai precisar se mostrar demais. Quanto mais tempo se passa após a morte, fica mais difícil encontrar a alma, que já pode estar longe.


Corte no pescoço

O sangue é um elemento-chave. Os clientes levam animais (galinhas e ovelhas) para serem sacrificados na hora. A garganta é cortada e o líquido deve escorrer na terra dentro do círculo. A matança rola ao som de canções que evocam o espírito a se manifestar.


Informante

O morto pode ser usado como uma arma para atormentar e até matar pessoas. Mas é mais comum que ele seja seja solicitado para uma conversa sobre assuntos do passado ou do futuro. Como o espírito vive em um espaço-tempo diferente, ele poderia ver além do nosso tempo.


Chantagem zumbi

Na variação do ritual, um círculo é traçado em torno da cova, o corpo é exumado e os órgãos vitais são retirados. A sacerdotisa invoca o espírito, ameaçando deixar o cadáver largado. A alma volta ao corpo, mesmo em decomposição, para cumprir o que lhe foi pedido.




Ingredientes macabros

Os elementos usados nos rituais de necromancia

1) Comida podre: Pão apodrecido, suco de uva velho e frutas estragadas devem ser consumidos antes de começar o ritual
2) Carne de cachorro: O animal é considerado o guardião de Hecate, a deusa grega dos mortos.
3) Pedaço de cadáver: Ajuda a contatar o morto. Também podem ser usadas partes de outros corpos 
4) Talismãs: Símbolos dos antigos gregos têm ligação com antigos rituais de necromancia dos tempos de Homero 
5) Bastão cerimonial: Para traçar o círculo em torno dos participantes. Pode ser batido no chão para atrair o espírito 
6) Roupas: Para facilitar o contato, a sacerdotisa veste peças e usa joias do falecido durante vários dias
7) Velas: Assim como a fogueira, ajudam a conduzir o morto para o caminho certo
8) Incensos: O fogo perfumado com ervas aromáticas atrai a alma para mais perto




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